Maria, para nós católicos, não é
simplesmente uma mulher que fora escolhida para ser mãe de Jesus. Ela é
especial, e não poderia ter sido qualquer outra mulher. Ao contrário do que
muitos dizem, a mãe de Jesus não poderia ser “qualquer uma”. Se Jesus é santo,
se seu sangue cura, se sua face resplandece o Amor do Pai, lembremo-nos de que
Jesus herdou tudo isso de Maria, ou por acaso Jesus teve pai biológico? Sabemos
que não. Todas as características físicas de Jesus, o sangue que corre em suas
veias, e que foi derramado por nós em expiação pelos de nossos pecados, seu
cabelo, seu tom de voz, sua educação, sua vida de oração, temor a Deus... tudo
foi herdado de Maria e ensinado por ela.
Deus escolheu Maria e a reservou
sem pecado, sem mácula, para ser a mãe de Jesus, do próprio Deus, desde antes
de ela nascer como diz no proto evangelho de Tiago (evangelho apócrifo), e
ainda sem levar em consideração a vida de Joaquim e Ana – pais de Maria – e a
vida de Maria antes da aparição do anjo, ainda assim, podemos perceber sua
importância e pureza nas palavras do Arcanjo Gabriel: "Ave cheia de graça, o Senhor é contigo... Não temas Maria, pois
encontraste graça diante de Deus" (Lc 1, 28b.30b). Maria naquele
instante foi saudada como uma rainha, “Ave!”, saudação dita na época somente à
pessoas de alto calão como Júlio César, “Ave César!”
Vimos então que Maria, além de
FILHA de Deus, se tornaria MÃE do mesmo Deus na pessoa de Jesus Cristo, ou
alguém duvida que Jesus seja Deus? Acredito que não, mas se duvidar é só pegar
a palavra do evangelho de São João, 14, 8-11.
Para que isso (concepção de
Jesus) acontecesse, Maria encontrava um problema: “Como se fará isso, pois não conheço homem?” (Lc 1, 35b). Maria não
conhecia, não havia tido relação, com nenhum homem. Mas o Anjo explica que “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a
força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra.”. Eis então como Jesus
seria concebido, Maria se torna então ESPOSA do Espírito Santo, que é Deus.
Maria: Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa de Deus Espírito Santo.
Como uma mulher “qualquer”
poderia se tornar tão sublime, tão importante para Deus e para a humanidade?
Como poderia o Espírito Santo tomar por esposa alguém que não fosse pura, ou Salvador
da humanidade nascer do pecado, de uma pecadora? Não há lógica.
Nós católicos, orgulhosamente,
chamamos Maria de mãe, pois Jesus Cristo mesmo nos deu Maria como mãe na pessoa
de João, filho de Zebedeu: “Mulher eis aí
teu filho”, “Filho, eis aí tua mãe” (Jo 19, 26-27). Ora, se Jesus tivesse
mesmo outros irmãos, Maria tivesse outros filhos, onde estariam? Por que Jesus
não a deixa aos cuidados deles? Simples: Não existem outros filhos nem outros
irmãos. Nem no hebraico, nem no aramaico, idiomas através dos quais foram
escritos a Bíblia existem palavras que representem a palavra “primo” e na
passagem onde diz “irmãos de Jesus”
(Mc 6, 3 e Mt 13, 47), na verdade são primos. Os exegetas explicam que Tiago,
José, Judas e Simão possivelmente são filhos de Maria irmã da mãe de Jesus e
esposa de Cléofas (Jo 19, 25) e do próprio Cléofas. José, pai de Jesus, já era
de idade avançada e era também viúvo, possivelmente teve outros filhos no
primeiro casamento, mas nunca manteve relações com Maria, pois esta já era
esposa do Espírito Santo e segundo o proto evangelho de Tiago, era também
virgem do templo, sendo assim, José não poderia violar sua castidade. O fato do nascimento de Jesus não tira a virgindade de Maria - segundo o mesmo proto evangelho -, pois da mesma forma forma que Jesus, depois de ter ressuscitado, adentrou em sua forma corpórea onde estavam reunidos os apóstolos às portas fechadas, assim também a Igreja acredita na virgindade de Maria e na não ruptura de seu hímen. No entanto, mesmo que ela não fosse virgem, Maria não deixa de ser santa e digna de reconhecimento e veneração por isso. Isso é um dogma, e é verdade. "Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações" (Lc 1, 48)
Assim, acreditamos na virgindade
de Maria e que esta é nossa mãe, bem como mãe da Igreja. Jesus Cristo é a
cabeça da Igreja e nós somos seu corpo (I Cor 12, 12ss), logo, Maria também
é nossa mãe, pois quem é pai ou mãe de alguém, não o é só da cabeça, mas de tudo
que compõe seu corpo, todo seu ser.
Cremos que Maria foi assunta ao
céu, ou seja, depois de passar por algo que a Igreja chama de “estado de
dormição”, que é como se fosse um breve estado de morte seguido da
ressurreição, ela foi elevada de corpo, alma e espírito ao céu. Dogma definido
pelo Papa Pio XII a 1 de Novembro de 1950, mediante a Constituição apostólica
“Magnificentissimus Deus”. Vejamos alguns dos fundamentos:
No livro do apocalipse
encontramos a passagem que nos revela que Maria foi assunta ao céu, “Apareceu em seguida um grande sinal no céu:
uma mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa
de doze estrelas (...)” (Ap 12, 1ss). Mesmo que não tivesse fundamento
bíblico, é uma questão de lógica: até hoje nenhum arqueólogo encontrou
vestígios do corpo de Maria ou de Jesus. Ora, se cremos que Jesus ascendeu ao
céu, porque não crer que ele, depois que sua mãe cumpriu o tempo dela na Terra,
não a tenha levado consigo? Se Jesus é tão bom, porque deixar sua mãe longe de
si e não a levá-la para glória consigo? Existe em Jerusalém, no Monte Sion, a Igreja da
Dormição de Maria onde consta seu túmulo, porém vazio.
Segundo Papa Pio XII, “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. O Catecismo da Igreja Católica ainda esclarece que "a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (Parágrafo 966).
Segundo Papa Pio XII, “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. O Catecismo da Igreja Católica ainda esclarece que "a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (Parágrafo 966).
Eu, se tivesse poder, não permitiria
que o corpo daquela que me gerou apodrecesse na terra, mas a traria para a
glória comigo. Também não gostaria que falassem mal dela como se não fosse
importante na minha vida, nem tivesse tido participação singular na minha
história.
Portanto, tomemos muito cuidado ao falar da Mãe do próprio
Deus, pois acredito que ninguém gosta de ouvir falar mal de sua mãe.
ROGAI POR NÓS!
Quer saber mais? Leia Evangelho segundo Lucas 1,
26-56. E oriente-se no Catecismo da Igreja Católica. Boa Leitura! Paz e Luz!
(Mãe, Rainha e Vencedora, Três Vezes Admirável de
Schoenstatt)
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